sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Então me liga mesmo, hein?



Acho inusitado como Call me Maybe de Carly Rae Jepsen tornou-se um hino para algumas pessoas. O clipe da garota corajosa que entrega seu numero de telefone para um garoto é o desejo mais secreto de muitas meninas, aquelas que ficam sentadas olhando o garoto dos sonhos dela enquanto ele passa e nem dizem oi. Compreensivo esse momento em que estacamos e nem sabemos por que. Timidez deveria ser proibida em alguns casos.

Não sou tímida, acho que nunca fui. Culpem meu lado geminiano sem erro ou a mania de enturmar com as pessoas. Não sei. Mas ao menos alguma vez, ou melhor, nesse momento eu gostaria de ser a garota que em vez de dar o numero de celular receberia o dele num papel com letra tremida de nervosismo. Ou que me pararia no meio da fila do McDonalds para pedir meu numero. É essa pessoa que procuro.

Se tenho problema com garotas que tomam as atitudes? JAMAIS! Sou até uma dessas. Mas nesse momento onde o romantismo me cerca de formas tão diferentes me vejo pensando e imaginado o dia em o garoto que puxou papo comigo enquanto íamos beber água me encontra na rua e pede alguma rede social minha. Ou até mesmo naquele carinha que sempre vejo quando chego em casa, bem que ele podia descer do carro e dessa vez perguntar o que eu sempre faço na porta da minha casa depois das 22h. E cabum! Eu poderia dizer ao mundo que estaria mais feliz se ele ou algum deles tomassem essa atitude.

Talvez nessa época em que a mulher é tão decidida o homem acabe hesitando e fique esperando ser chamado para sair. Saudades daquele tempo em que não vivi em que ele tremeria tanto ao te chamar pra sair que você já teria vontade de beijá-lo ali mesmo, só pelo nervosismo dele ser charmoso. E que acabaria pegando a sua roupa mais feminina do guarda-roupa só pra ele ver que você seria uma boa garota.

Deve ser por isso que gosto tanto de Grease. Tá, admito que ainda comprarei uma jaqueta de couro escrita T Birds e sairei por ai desfilando com ela e sendo muito mais do que feliz enquanto canto ‘Greased Lighting’ no meu carro. Mas fora meus devaneios de querer ser menino, gosto particularmente de Sandy usando um collant preto e um cigarro nos dedos, mostrando que pode ser muito mais que aquela garota boazinha. Pode ser uma Sandy má, ou melhor, uma Sandy poderosa.

Digam olá para a Sandy Poderosa, é o que penso quando ela entra em cena pronta para brilhar. Observo seu cabelo, seu sorriso e seu rebolado sensual e me visualizo ali, no corpo dela. É uma sensação maravilhosa a desse momento e é nela que penso toda vez que ouço You’re The One That I Want: nessa Sandy poderosa e no que ela sente. Sabe garoto, eu sou um pouco da Sandy boazinha, mas também sou um pouco de Sandy poderosa...

Queria mesmo que fosse assim: quando eu não estivesse esperando eu fosse surpreendida com um pedido de encontro ou uma solicitação numa rede social e até mesmo uma menção inusitada. Pode rir, você acaba de descobrir que sou um pouco romântica. Queria que se repetisse mais momentos como aquele numa terça onde me contorcia de cólica e ganhei uma pastilha de menta pra sorrir. O gesto foi tão inusitado pra mim que acabei escrevendo ‘obrigada’ na folha de papel dele, e ele escreveu ‘de nada’ na minha. Fiquei ali parada por alguns segundos observando o detalhe da cena, a cor do olho dele e o tamanho do cílio, naquele desejo súbito de ser feliz e sabendo que tinha conseguido.

Então, vamos fazer um acordo. Deixa o tempo levar o que tem de bom pro meu mar de sonhos e caso eu tenha meu numero de telefone solicitado por um desconhecido espero que ele ligue, mas ligue mesmo. Porque vai que desisto de ser a Sandy boazinha e resolvo ser a outra Sandy? Porque você sabe que não posso ter te escolhido pra ser meu John Travolta do dia...


Para ouvir do que estou falando:

:)

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