quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pseudo-abraço e adeus ao aperto...


Hoje eu te vi. Eu esperava alguma coisa, mas não isso...
Eu parecia tão falante, você tão calado. Eu tão disposta a alguma coisa e você tão apressado. Eu parecia mais e você menos.

Um abraço eu peço. E ganho um pseudo-abraço.
Não me satisfez aquele pseudo-abraço. Como nunca vai me satisfazer um pseudo-abraço seu, não quando eu já conheci um abraço de verdade.

Você vai pro seu lado, e eu pro meu. Numa brincadeira infame da vida de cada um seguir seu destino.

Porém o quem mais me importou no meio dessa semi-conversa e pseudo-abraço foi que eu não me incomodei como antes, e então pude dizer adeus ao aperto no coração.

Nos lábios um sorriso, e nos ouvidos uma esperança: a gente se vê. E no coração a certeza que estarei bem melhor quando te ver, e o que acontecer... Bem, vou esperar acontecer.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A amarga sensação de ilusão



Jamais é apenas um beijo.
E a gente se pergunta o porquê da gente ser assim.
(do original de Thais)

Eu estou aqui escrevendo esse texto pra por pra fora o que eu senti naquele momento. Uma sensação que me dominou por completo e eu nem soube o que dizer ou o que fazer.

Não vou dizer que eu pensava na gente, como um nós ou qualquer coisa do tipo. Mas a sensação de ilusão de um ‘repeat’ me acompanhou desde aquele sonho bobo.

E então, do nada, eu estava sentada observando a cena que me incomodou por tanto tempo. Eu poderia ter pegado minhas coisas, sair dali e não ver, como eu faço quando vejo uma coisa que vejo me incomoda. Ma seu fiquei sentada, me torturando sem nem saber por quê.

Cada detalhe, cada expressão facial, cada suspiro e cada possível sorriso. Eu revivi um flashback de coisas vividas nas duas ultimas horas e percebi que você estava distante naquele momento e que isso me fazia falta.
E percebendo a outra cena, eu percebi que sua ausência mesmo que mínima me doía. Não senti ciúmes da cena que vi.

Senti saudades da sua companhia do meu lado e do sorriso hesitante de um começo de amizade, e da conversa sempre do nada e que me fazia bem.
Eu estava desejando uma ilusão naquele momento. E saber que ela não seria realizável naquele momento me machucou.

Deixou-me com uma amarga sensação de ilusão na boca que me incomodou até a manhã do dia seguinte...
Por mais doce que tenha sido o resto do dia, aquele gosto não saiu da minha boca por um tempinho. Hoje ele não me incomoda mais, já que foi substituído por um leve aperto no coração. No fundo, o amargo e o aperto me machucam, e você nem tem culpa por isso...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Passos



Numa conversa sofre definições, eu tive que acabar me definindo.
Eu sempre digo que estou a meio passo de ir embora, mas não me entenda mal, isso não quer dizer que eu não queira ficar. Confuso? Eu explico.

Eu estou sempre a meio passo de ir embora, porque eu quero conhecer o mundo, ver pessoas, visitar lugares e ter novas sensações e historias pra contar. Mas eu sempre estou com um passo aqui porque eu seu que também posso ter sensações boas por aqui.

Não gosto que me obriguem a ficar num lugar, e gostaria que as pessoas entendessem isso.
Se eu fiquei, foi porque eu quis, por que escolhi.

Escolhia fazer nada ao seu lado, ou fazer tudo. Escolhi ser feliz aqui e nesse momento. Eu quero e desejo que você der valor a essa escolha mínima de optar por ficar ao seu lado. Porque pra mim, essa escolha foi importante.

E nessa historia de definir, eu percebi que eu sempre estou caminhando pra algum lugar. Pode ser passos para perto de você, ou para longe. Mas isso é uma escolha que ficaria melhor se fizéssemos juntos...

Sonho bobo




Essa noite eu tive um sonho: simples e até bobo. Você estava do meu lado, olhando pro nada e com os pensamentos em qualquer lugar. Menos em mim. Eu olhava pra você e me encantava, e nem sabia por quê.


Queria deitar no seu peito, arranhar sua pele da barriga, passar a mão pela lateral do seu corpo e sentir sua mão nas minhas costas.

Eu conseguia imaginar cada sensação que teria ao sentir cada toque, e mesmo assim, não fiz nada para ter essas sensações concretizadas.

Você olhou pra mim e sorriu. E me senti tão completa por um sorriso tão simples, que me senti boba.

Acordei e continuei na cama. Num doce devaneio de que poderia estar em seus braços sonhando acordada. E no rosto aquele sorriso bobo que em dizia que eu te veria em breve, e que sabia que esse meu sonho não se realizaria. Mas que mesmo assim, o seu sorriso real poderia me fazer sentir todas aquelas sensações do sonho, embora nos dois saibamos que elas nunca irão acontecer...