terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma lanterna e um Lumus...


Eu comecei essa história pela metade, essa do bruxinho que eu amo. Comecei pelo quarto livro não sabendo quem era Almofadinhas e porque as pessoas viviam implicando com o coitado do garoto da cicatriz só porque ele entrou num campeonato onde a maioria queria entrar e não pode.

Eu não sabia quem era metade (na verdade, mais do que a metade) dos personagens, mas eu continuei virando as páginas de forma frenética, e quando acabei o livro eu tinha duas certezas. Eu queria o primeiro. Eu estava encantada por Harry Potter.

Sabe? Quando a amiga da minha mãe indicou Harry Potter pra mim, lá no ano de 2001 eu não sabia que seria tão importante, que me marcaria tanto e que eu aprenderia tantos valores e faria tantos amigos por causa dele. Fui expulsa da sala uma vez por causa de HP e não me arrependo. Não podia prever isso, como não posso prever muitas coisas até hoje.

Mas há sempre a magia do momento. A magia de ler o livro e surtar com a sequencia de fatos, a magia de olhar alguma coisa boa e associar ao filme e ainda aquela magia de olhar para um fã de HP e sem palavras poder sentir um turbilhão de emoção. Sim, amo Hogwarts também.

O que Harry me ensinou? A lutar pelos seus sonhos e pelo que acha certo, além de sempre confiar nos seus amigos, assim como Hermione me ensinou a estudar um pouco mais, e como o Rony me divertia e o Cedrico era minha inspiração de pessoa boa e com os valores certos. Eu me recordo com lágrimas nos olhos de quando lia o Cálice de Fogo (pela segunda vez) e de vez em quando acordar assustada e com medo do que havia lá fora, covarde demais para acordar meus pais por um motivo bobo que era sentir medo. Muito medo por nada. Sabe o que me acalmava? Pegar minha lanterna do radinho, puxar o livro quatro de HP e iluminar a capa olhando o rosto do Harry segurando o ovo e o Cedrico ali no canto. Eu abria o livro, falava Lumus e lia um pouco, me acalmando até que voltava ao meu sono e dormia tranquila.
Era simples, era um momento meu, era a magia de JK Rowling.

Mais de 10 anos se passaram e ainda continuo fã dessa saga, dos seus personagens, do modo que foi escrito e de como foi marcante. Eu desejo de verdade, quando tiver meu filho poder colocá-lo no meu lado e começar a contar essa historia pra ele, junto comigo, fazendo ele se apaixonar por algo que foi tão marcante pra mim. Talvez eu comece a contar essa historia enquanto ele estiver na minha barriga, um capitulo por noite ou assim por diante. Não sei ainda...

Mas hoje, nesse dia 31 de Julho de 2012 numa manhã fria e ventosa tipica de Hogwarts eu gostaria de olhar para JK Rowling e agradecer tudo que tenho, tive e ganhei sendo fã de Harry Potter. Gostaria de desejar Feliz Aniversário para o garoto da cicatriz e poder bagunçar mais ainda os cabelos dele e olhar pra trás onde todos os personagens estão e me sentir completamente feliz, como sempre sou quando estou envolvida com Harry Potter.

Aos meus amigos da Lufa-Lufa cuja lealdade estão sempre me guiando, eu vos dedico minha salva de palmas. Vocês são incríveis, nunca deixem que lhe digam o contrário.
Aos meus companheiros da Corvinal cuja inteligência sempre me impressiona, a minha salva de palmas também.
Aos queridos e amados da Sonserina (sem ironia), cuja amizade sempre é turbulenta pois é vivida com muita paixão e realidade meus parabéns sinceros. Acho que vocês são a prova viva que mesmo entre duas casas tão distintas pode haver amizade.

E por fim, aos meus amigos, companheiros, amados, zoadores, loucos, apaixonados e inesquecíveis companheiros de Salão Comunal da Grifinória (principalmente aqueles que conheci pelo Clube do Livro) o meu muito obrigada. Cada coisa que vivemos, passamos e compartilhamos nos tornou literalmente "Gold Forever". Vocês deram o sangue e muito mais por essa casa, estou encantada por isso. Vocês são os melhores.

E a você que é fã de HP e não foi mencionado diretamente aqui, não se sinta esquecido. Pegue seu livro de Reliquias da Morte e veja a dedicatória do livro, você está nela.

E daquela garotinha que usava uma lanterna pra poder iluminar o escuro e acabar com seus medos, nasceu uma garota legal e corajosa da forma que lhe é conveniente. E ela que está aqui sorrindo pra você com uma lanterna na mão esquerda e na mão direita uma varinha, pronta pra iluminar um pouco sua vida. Lumus.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Feliz dia do Amigo e obrigado pela consideração.


Acordei esses dias depressiva, com uma saudade enorme não de 2008 (um ano muito bom), mas de antes disso. Acordei com saudade de 2005. Das pessoas que entraram na minha vida naquele ano, que formaram muito da minha personalidade (aqueles que dizem que sou fofa, agradeça a eles, eles me ensinaram a ser gentil com todos). Saudades dos cachos dourados, do skate, do violão, da casa no Lago...

Olhei pro calendário a minha frente, marcando 2012 e sorrio. 2005 foi um ano excelente, assim como 2008, mas agora depois de tanto tempo, esse 2012 me trouxe muita coisa boa. E os anos anteriores também. Me trouxe meus amigos. Então, feliz dia do amigo e obrigado pela consideração.
Falo sério, obrigado mesmo pela consideração.

Consideração é algo que eu valorizo muito, então por tudo que vocês estão fazendo hoje ou já fizeram vocês estão ganhando puta pontos no quesito consideração comigo. Por todas  as sms quem me roubaram sorrisos (todos merecidos), as marcações no face, os tweets e os abraços. E olha que o dia nem acabou e ainda espero algumas coisas boas por virem. E gostaria de agradecer aqui algumas coisas em especial: as memorias que formamos juntos e os momentos nos tornamos amigos. Momentos lindos e únicos. Vou citar alguns, então se não se achar no meio deles não se espante com minha pouca memoria.

Teve aquele dia que você me derrubou no chão e me chamou de pangaré. Aquele dia que você enxugou minhas lágrimas. Ou aquele em que me viu chorando e se levantou incomodado demais por eu estar tão pra baixo. Teve aquela plaquinha naquele evento otako que nos tornou amigo, ou aquele papo puxado numa fila da vida e já eramos amigos. O morar na mesma rua, o poder tocar a campainha e falar mal da Bella Boba, o ouvir Fantástic Baby e dançar na sua casa. Os amigos que fiz pela Terra da Poesia Furada, pelo FC Mapa do Maroto, os que encontrei no Clube do Livro, os que me fazem ir na sua casa só pra tomar café. Aquele que me chama de Pequena mesmo depois de tudo, aquele que foi meu travesseiro por algum tempo, aqueles que moram longe agora...

Mas há os que moram perto. Os que me levam pro museu, os que me fazem ir na sua casa e comer batata frita, os que dividem tortinhas do McDonalds comigo ou aqueles que compartilham comigo uma musica porque ela lembra algo só nosso. Há os parceiros fãs de HP, Nárnia, e outros tantos livros. Os que vão na minha lombra de boyband, os que escrevem e me linkam pra eu ler. Aqueles que aceitaram minha ajuda na organização de um novo projeto, aqueles que me deixam ajudarem na fotografia...

E aqueles que foram mais que amigos, amantes, namorados, melhores amigos. A todos vocês esse texto é dedicado. Gostaria de pedir desculpas por ser lerda, ou querer matar alguns de vocês algumas vezes, ou por sempre me atrasar ou enrolar em fazer alguma coisa. Mas gostaria de agradecer pelo fato de mesmo saberem disso continuarem ao meu lado. A vocês o meu eterno obrigado. Eu os amo...

"Because you live, there's a reason whyI carry on when I lose the fightI want to give what you've given me always..."


Ao som de Jesse Mccartney - Because you Live

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Visita


Chegou a Terra da Poesia com os mesmos pés de quem partiu, mas não carregava nada além de alguns trocados no bolso e suas musicas preparadas para levarem a outro mundo. Não sentiu cheiro de café vindo da sua vizinha, a Poesia Furada estava parada como se definhasse com o tempo. Tentou não pensar nisso. Continuou andando. Não olhou pra sua casa que agora era apenas rascunhos de carvão, se não fosse puro carvão mesmo, mas olhou para o ceu cinza. Continuou andando.

O frio a envolveu, então subiu suas calças jeans e apertou um pouco o cinto. Havia emagrecido, mas estava saudavél. Fechou o ziper do moletom de frio e processguiu para um lugar onde pudesse tomar um café. Havia a casa de seus amigos, mas elas estavam tão vazias agora quanto a presença de certas pessoas em sua vida. Continuou andando.

Chegou à estalagem de  Madame Poetry e adentro o espaço conhecido. Poderia subir as escadas e visitar Cavaleiro, mas sabia que ele assim como quase todos seus amigos tinham deixado a Poesia Furada por motivos pessoais. Podia ser viagem, férias ou apenas partiram. Nesse momento não se importava.

- Café, por favor. - Marshmallow falou sentando-se a mesa perto da janela e tirando seu Numerox do bolso do moletom.

- Um cupcake para acompanhar? - falou o atendente a reconhecendo.

- Sem cupcakes. - ela falou séria. - Se tiver um pão de mel eu aceito. Caso não, apenas o café.

Madama Poetry que observou a entrada de Marshmallow fez questão de trazer o café da garota que aceitou a xícara com um sorriso leve e depois voltou sua atenção ao Numerox. Madame Poetry não se levantou, ficou observando.

- Estais tão magra. - ela começou.

- Acredite quando digo que já engordei uns dois quilos, estava mais magra ainda. - Mars falou finalizando aquela página do Numerox, assinando data e seu nome. Quando fechou a revista, Poetry observou que a revista datava de dois anos atrás.

- Terminando coisas inacabadas? - ela perguntou sem medo de ser indelicada.Marshmallow riu antes de responder.

- Não exatamente, achei na minha casa, estava perdido. - ela falou bebendo café.

- Pensei que sua casa tivesse pegado fogo. - ela falou sabendo que isso era mentira, havia sido a propria garota a sua frente que havia tacado fogo na sua casa.

- Ora, como sabes se essa é minha real casa? - Marsh falou dura. Mesmo assim, de alguma forma suas palavras não eram carregadas de mágoa. - Estava na minha casa de origem, onde meus genitores moram. Estava passando um tempo por lá, ainda não voltei...

- Vais voltar algum dia? - a mulher a frente da garota perguntou.

- Tu acreditas que parti? Tu acreditas que queimei minha casa se não tivesse uma necessidade enorme de refazê-la? Estais equivocada Madama Poetry. - Marsh falou tomando seu ultimo gole de café.

- Acredito. Porque é isso que vejo.

- Estais enganada. - a garota falou passando a mão pela cabeça. - Eu poderia apenas reformar minha casa, destruir algumas paredes, construir novas, ampliar o jardim ou pintar tudo de uma cor nova. Mas eu quis começar tudo de novo, fazer o modo mais difícil.

- E porque? Só porque Andarilho roubou sua fofura não é motivo para ficares revoltada assim.
A garota a frente olhou pela janela onde o vento castigava o pé de café mais próximo, mas ele continuava intacto.

- Não tem haver com Andarilho e as besteiras que ele faz ou deixa de fazer para encontrar o que ele acha que é o caminho certo dele. Não tem haver com Cavaleiro ter se machucado com as Sombras, nem com Homem-Cinza ter se matado, ou com Poetisa ainda estar em busca de um amor. Não tem haver com eles, tem haver comigo. Em pegar as rédeas da minha vida e guiá-las para onde eu acho que serei mais feliz.

- Você não era feliz aqui? - a mulher perguntou.

A garota se levantou, guardou o Numerox no bolso do seu moletom, deixou uns trocados para pagar o café na mesa e guardou o pão de mel na mão como se o reservasse para outro dia, ou outra pessoa.

- Me diga apenas... - a mulher implorou. - Porque queimar a casa?

- Para ver se as bases dela continuavam em pé mesmo depois de tudo. - Marsh falou colocando os fones de ouvido e saindo pela porta dos fundos.

Madame Poetry entendeu que assim como naquela Terra que cheirava café tudo era muito mais do que pensavamos. Marsh falava não da base de sua casa, mas da base das suas vidas. Marsh estava vendo quem era seu amigo depois de tudo que ela havia passado...

Postado simultaneamente em Café Anonimo, nos visite: http://cafeanonimo.wordpress.com/

segunda-feira, 16 de julho de 2012

As várias Márcias dentro de uma Thiara...


Sou geminiana, digo logo. E caso você não se ligue muito em signos aviso que mudo de humor fácil e sou muito instável.

Não vou pedir pra você saber que eu amo boyband, ou que não tomo refrigerante ou lembrar que minha cor preferida é azul embora eu quase não use. Nada disso, eu sou muito tranquila com essa coisinhas minimas como também sofro por coisa menores que isso. Prazer, obrigada, essa sou eu.

Mas estou aqui pra comentar uma coisa que em chamou atenção no texto da minha amiga Raila, chamado: "Os Tempos mudaram... Que bom!" o fato das pessoas terem ideias pré-concebidas sobre tudo e qualquer coisa: sobre pessoas, sobre moda, sobre relacionamento, sobre coisas, sobre a vida, sobre a morte e sobre mim.

Exemplo prático: conheci um garoto um dia desses que ele pensava que eu era louca porque ele me viu num caça a bandeira correndo e duelando com uma espada no Parque da Cidade. Ele tava lá cuidando da irmãzinha dele muito bem sentado na grama, a sombra e com um oculos escuro (literalmente só observando) enquanto eu corria, duelava, quase caia e dançava ou ria de alguma bobagem que uma amiga minha comentava. Sim, eu estava louca. Sou meia louca, mas tudo bem. Então, um disse desses ele me viu no metro em pé, muito calma fazendo meu numerox enquanto o metro insistia em querer me derrubar e eu lá sorrindo porque estava vencendo essa batalha. Ele não me reconheceu. Até que ele resolveu tirar a duvida.

- Hey? Licença, você é aquela garota do escudo de Hermes do tal caça a bandeira?
- Sim. - eu respondi olhando pra ele. Gatinho -q
- Nossa, nunca ia te reconhecer. - ele falou dando de ombros.
- Porque? - perguntei confusa.
- Você parece duas pessoas diferentes. Uma louca se divertindo e uma garota calma fazendo palavras cruzadas.
- Isso é numerox. - eu o corrigi.
- Tanto faz. - ele falou dando de ombros e olhando pra porta que estava abrindo. - Agora só não sei qual das duas é a verdadeira eu de você.

E saiu e me deixou puta de raiva que fechei meu numerox confusa. Eu pareço falsa? Eu sou real? Na boa, sempre ouço meu amigo Marlon falando que eu sou tipo um fruto da cabeça dele, meio louca e que as vezes sossega o faixo e fica quieta, mas se até ele sabe que eu posso ser um ser diferente as vezes, o que uma pessoa de fora vê? Bem, parando pra me ver de fora eu percebi: eles me vêem como louca.

E sabe porque? Porque eu tô conversando e mudo de assunto, falando com uma pessoa e saio pra dizer olá pra outra, que puxa papo do nada e some na mesma proporção, que curte um estilo e se veste como outro. Não é culpa minha (se bem que não tem culpa de ninguém), pude não ser criada pra ser assim, ou fui pegando manias de pessoas próximas e me tornei assim. Eu realmente não sei. Mas sei lá, eu queria que as pessoas antes de julgarem ou conhecessem não grudassem na mente a primeira ideia sobre uma pessoa. Isso é chato e te impede de conhecer como a pessoa é. Eu sempre vou com a cara de algumas pessoas logo de primeira, assim como também não gosto de algumas pessoas na primeira vez que as vejo, mas sempre dou uma segunda oportunidade. E quer saber? Isso me fez mudar muita opinião pré-estabelecida sobre fulano e ciclano que faz parte da minha vida.

Aliás, vou sempre discutir com algumas pessoas quando o quesito for: 'porque você anda com fulano?'. Sabe porque? Porque eu vejo nele (ou talvez ele me mostre) um lado que você não vê, talvez pelo santo de vocês não derem certo mesmo, ou porque você não deixa ele mostrar que pode ter outro lado. Bem, não tô te mandando ir lá e forçar barra com a pessoa até que ela fique no status legal pra você, não tô pedindo isso. Mas quem sabe? Forma sua ideia na segunda ou terceira vez que você vê a pessoa, porque afinal de contas conhecer uma pessoa dançando no poste numa balada não significa nada além de que ela sabe fazer isso.

Todo mundo é mais de uma pessoa. Algumas pessoas vão chamar isso de máscaras, ou de camadas (como numa cebola) ou dizer que a pessoa é falsa, ou nunca saber qual delas é a sua verdadeira. Mas todas são verdadeiras.

Assim, como as várias Márcias dentro de uma Thiara: a que é fã de Harry Potter, a que vê um lampião e lembra de Nárnia, a que curte Batman, a que usa vestido, a que não larga o tênis, a que se veste como um menininho e a que corre loucamente no parque da cidade brincando de batalha campal. Mas também há a Márcia que senta no meio da calçada pra ler, a que faz numerox pra relaxar, a que toca a campainha do vizinho e amigo pra tomar café ou falar mal da Bella boba. Sei lá, eu não me considero falsa. Só sou muitas dentro de uma pessoa, e também me surpreendo com algumas coisas dessa Márcia nova.

Enfim, pra terminar esse texto falo que estou ouvindo a musica Bleeding Love que eu amo, e embora ela seja um sucesso da Leona Lewis, a versão que eu estou ouvindo é do Jesse McCartney que aliás escreveu a letra da musica. Aposto que como muitos coisas na sua vida, você pode dizer que mudou seu conceito sobre essa musica.
Dá uma olhada ae: http://www.youtube.com/watch?v=BWHD4HnZXTE

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Procura-se Amizade Colorida



Tô procurando uma amizade colorida. Pera, a conversa não começa assim. Ou melhor, o texto não começa assim... Começa assim: friendoze tem limite sabia?
Ela encorpora tudo que é seu campo de amizade com a pessoa e mais duas palavras: não e nunca. Exemplo em frase: 'Não ficarei com você' e 'nunca pensei nisso'. O pior é quando juntam as duas palavras numa frase só: "Não, não rolaria nunca mesmo". Ai o que te restou meu amadinho é pegar a trouxinha e inventar prova de final de mês no cursinho ou que tá sem money e não tá dando pra ver o que seria seu alvo de desejo e sumir no mundo (aqui quem mora em Brasília está ferrado porque você vai no fim do mundo e acaba encontrando alguém que conhece por lá)...

As pessoas falam de friendoze e desse "só se aproximar pra pegar" (pega e some), mas esqueceram algo que fica entre os dois termos: a amizade colorida e vou logo dizendo duas coisas.
1. Todo mundo ama amizade colorida e diz que sabe fazer a coisa certo: ficar, se divertir, manter a 'parada' leve e no fim acaba sendo o grudento, a ciumenta ou aquela pessoa que se apaixona primeiro e fica esperando o sentimento de volta. Bem, não espere rolar algo assim tão mais namoro.
2. São poucas as pessoas que sabem ter uma amizade colorida gostosa e duradoura. São tão poucas que nesse momento não tô achando nenhuma por perto, ou ao menos que se encaixe nos meus padrões. Mentira, nem procurei ainda...

Tá foda pra todo mundo. Há tanto coração quebrado, protegido por casca, procurando a alma gêmea de forma louca que esquece que o mundo não vai acabar amanhã (tá, sei lá, vai que...) ou que de tanto procurar algo não tá achando nada de bom. Ou pior, tá se perdendo por ai...

Sai pra balada hétero pra pegar gente e não acha ninguém. Muda pro sertanejo, pro rock e vai mudando tanto que no final do mês tá sem dinheiro pra ir pro cinema ou pra comprar o livro que queria e acaba postando aquelas frases ridículas na minha humilde opinião nas redes sociais: "Tô solteiro por opção". Affu! Meu ovo! O que aconteceu com as pessoas? E a amizade colorida? E a conversa?

Hoje você não pode mais ir a algum lugar e ficar conversando com uma pessoa que já recebe sms falando: 'quer pegar né vadia?". Isso me incomoda as vezes. Então já que á pra ser 'vadia' ou ir em busca de alguém vamos lá: TÔ PROCURANDO AMIZADE COLORIDA!

Mas das boas, sabe? Daquela que não achamos com frequência. É, aquela rara.
Aquela em que você pode convidar pra ir pro Quadribol Terrestre no Parque da Cidade e nem se incomoda se o seu 'amigo' não vai porque sabe que ele vai estar ali na frente jogando "Batalha Campal". Tá, isso foi muito nerd e literário numa coisa só. Vamos mudar o exemplo: procura-se amizade colorida, leve, divertida, onde você pode falar besteira na frente da pessoa sem medo dela sair correndo assustada porque sabe que ela tá rindo muito pra poder levantar do chão e fazer outra coisa se não rir. Aquela que você convida pro cinema e acaba encontrando metade dos seus amigos (maldita cidade do interior) e sabe que o dia não está perdido porque a pessoa se dá bem com seus amigos. Não tô sonhando e nem colocando na lista de Natal (aquelas dos desejos que você sabe que não vai ganhar) porque sei que é possível sim.

Existe isso sim. E você de alguma forma já teve ou vai ter. Pensamento positivo galera. Então nesse momento desejo um amizade colorida. Mais que amizade (porque sabemos que existe bônus de diversas formas) e sem jamais ser a temida friendzone. E caso você esteja pensando que sei lá, pode dar certo e não sabe como puxar papo, vou dar umas dicas: procura algo pra começar o papo. Sugestão da minha vida: não tomo refrigerante, amo/sou viciada em café, amo fazer numerox e estou super ansiosa pra ver o novo filme do Batman. Ah sei lá, dou dicas porque vai que você também tá procurando uma amizade colorida. Ai quem sabe a gente se encontra numa cafeteria da vida, na fila do cinema ou num evento do parque da cidade...


Texto em homenagem à minha amiga Cabelo <3