segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mudança Súbita



Acordei 2012 diferente, e não falo do fato de ter ido dormido num ano e ter acordado no outro (e todas essas piadinhas infames sobre tempo e virada do ano). Eu acordei diferente, e falo sério.

Comecei esse ano optando por mim: pelas minhas escolhas, pela minha felicidade e pelas coisas que eu realmente gosto e quero fazer. Pode parecer mágoa quando falo que um dia percebi que deixava de fazer muita coisa que queria por que ficava esperando pelos outros.

Não verei esse filme porque a galera não gosta. Não irei para esse evento porque todos estarão em outro local. Tanto pensei sobre eles que não pensei sobre mim. E todas as saídas que foram realizadas sem minha companhia? Todos os lugares que eu realmente queria ir e nem fui convidada? Fiquei em casa apenas desejando estar lá com eles, sendo que eles estavam, mas sem mim.

Suspiro aqui percebendo que como fui boba em optar por coisas por eles sendo que eles não optaram por mim. Pode parecer que há tanta mágoa nesse comentário, mas não há e minhas palavras são sinceras quando digo isso.

A mágoa ficou lá atrás, assim como outras coisas. Hoje faço assim: ao acordar opto por mim. Nesse momento egoísta para alguns onde apenas a minha felicidade estará em alta no dia. Percebi que quando estou feliz e faço as coisas que quero eu consigo fazer as pessoas em volta mais felizes, mesmo que de forma inconsciente.

De certa forma, eu liguei o foda-se. Sim, isso vai parecer grotesco e ignorante, e você vai até poder me imaginar virando as costas pra você, erguendo meu dedo do meio e falando: foda-se. Não vai ser exatamente assim, vai ser algo mais sutil, mas com o mesmo efeito: deixei de me importar.

Irei ao cinema sozinha, ao café sozinha e não ficarei magoada por muito tempo se a pessoa que eu escolhi que compartilhasse esses momentos de alegria não esteja ao meu lado. Vai doer por algum tempo (lembrando que a definição de tempo é variável para cada pessoa), mas vai passar. E nesse meio tempo, eu vou encontrar a minha felicidade.

...

Engraçado que numa conversa com meu amigo Erick nesse domingo, ele falou que olha pra mim e pensa: “nossa, eu queria ser tão feliz como a Márcia”. E no meu momento de defesa eu falei que eu já fui mais feliz, mas depois eu refleti. Estou falando do passado e nesse momento eu sou tão feliz como antes, mas a intensidade e o sabor são tão diferente que ainda não me parece ser totalmente verídico. Bobagens da minha parte.

Erick eu sou feliz nesse momento e fui naquela tarde de domingo. E meu conselho que eu não terminei de dar era: “vamos mudar nossos conceitos, largar os velhos ideais de felicidade e liberdade e experimentar essa droga que é a vida. Podemos não gostar nesse momento, mas um dia ela vai ser boa ou tão divertida que você vai deitar na cama e agradecer aos céus pelo dia (isso independente da sua religião ou crenças). Vamos não nos prender ao que éramos no passado e pensar em queremos ser no futuro. Ser você só sabe que quer ser feliz (ao menos por agora), faça a sua felicidade. Um passo de cada vez, da largura que der e vamos catando a felicidade pelo caminho, com a mesma inocência que catávamos flores pequenas nas ruas quando éramos crianças.” Esse é meu conselho.

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A vida é uma constante mudança. Você sempre vai ter a impressão que foi rápido demais, ou devagar demais e que nunca vai saber lidar ou se adaptar com isso. Mas vai chegar aquele momento que você vai fazer o que quiser da sua vida: pode ser pegar o carro e ir tomar café de pijama as 01:30h da madrugada naquela livraria que você achou um dia desses ou pegar a sua mochila e ir passear por Londres, e quando você chegar nesse momento simples ou completo de felicidade você vai ter alcançado o nível supremo desejado pelas pessoas: o sucesso.

Em resposta à: Prazer, Raila, mas pode chamar de Raih também.

Um comentário:

  1. Obrigada pela citação ao meu post, sua linda!!

    As coisas acontecem assim mesmo, acho que o grande problema quando colocamos nossa vida nas mãos dos amigos é que as chances de nos decepcionarmos são incertas e, se ficarmos triste, não temos o direito de culparmos o próximo. A culpa da nossa infelicidade é apenas nossa e, se nos decepcionamos com alguém, só nos podemos tomar as providências, que sempre terão suas consequências. Com relação ao meu post eu tomei minhas decisões e as coisas mudaram, pq é isso que acontece quando decidimos mudar. O importante é pensar que mudanças podem sim ser muito boas. =)

    Boa sorte com o seu novo eu, Márcia. Beijos.

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