terça-feira, 17 de abril de 2012

Redefinindo Saudade



Redefinindo saudade, foi nesse ponto em que cheguei. Quando não me permito mais esperar por uma visita sua, mesmo que ela seja de seu interesse. Quando opto por dormir e nem me importar de você ver minha cara amassada e inchada por causa de um sono interrompido caso você apareça. Na verdade, devo admitir que sua não visita me permitiu poucas dezenas de minutos de sono, o que me garantiu supostamente um revigoramento para  voltar ao trabalho.
E a explicação de não visita ficou onde? Perdida pelo caminho como você? Minhas sinceras desculpas (não que eu realmente precise dar elas a você), mas nesse momento não quero saber onde você estava ou o que fez. Esqueceu? Previsível, como tantas outras coisas.
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Horas iguais minutos iguais. Alguém deve pensar em mim, ou talvez seja eu mesma pensando em mim. Aliás, o que eu sempre devo começar a fazer, colocando você como um segundo plano. Não é maldade, nem mágoa, acredite em mim. É realidade. Aquela que eu não queria ver e acabei mergulhando em definições, ou redefinições. Como redefinir? Simples.
Sinto sua falta agora. Foco. Tenho trabalho a fazer.
Gostaria de estar deitada no seu ombro para um melhor descanso. O que faço? Afofo meu travesseiro e escolho uma musica mais calma, quando reparo já estou no mundo dos sonhos.
Tenho tempo livre agora, mas como não tenho seu numero nem ligo de ligar pra sua casa e querer saber se você quer fazer algo. Procuro um filme que ainda não vi e vou assisti-lo. Olha só, a lista está maior do que eu imaginava. Acho que esse tempo livre vai me fazer bem.
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Fui ao cinema nesse final de semana. Minha mãe recordou-me enquanto ela ria que eu sempre ia ao cinema sozinha antigamente. Ela nunca se preocupou quando eu fazia isso, porque ela sabia que eu estaria bem. Que eu saberia me cuidar.
Me cuidar. Essa é uma frase que eu nunca ouço de você. Aliás, tudo que eu falo você sempre acaba não ouvindo ou não levando em consideração. Antigamente eu me preocupava com isso, em como eu poderia me esquivar desses incômodos no futuro, mas agora eu não vejo razão pra isso. Como se o que quer que fossemos ter no futuro hoje não se encaixa na minha lista de planos.
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Eu preciso organizar minha vida, meu tempo, meu guarda-roupa, minha casa e minhas historias. Aquelas que quero contar, ou aquelas que quero escrever. Redefinir o que for preciso para poder ser feliz novamente, ou poder sentir saudade do que ‘já foi a gente.’
Sabe do que eu sinto saudade? De você. Mas não tenho certeza se posso chamar isso de saudade depois de por sua causa redefinir esse conceito.

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